terça-feira, 12 de junho de 2012


Texto Informativo
Um terço da Energia já vem de países Africanos

O Estado de São Paulo , 06/02/2011

Jamil Chade

Indústrias da Europa temem perda de fornecedores e Departamento de Estado dos Estados Unidos fala em 'tsunami' chinês no Continente

Há poucos meses, líderes europeus receberam uma carta alarmante do setor industrial da Alemanha, França e Reino Unido. Se a Europa não mudasse de estratégia e desse maior atenção à África, o futuro da indústria do Velho Continente estaria ameaçado.

O motivo era simples: a China havia comprado grande número de jazidas de minérios, fonte de energias e recursos naturais na África, em um avanço que não dá sinais de ser freado e com um apetite que parece ser insaciável. Hoje, um terço do abastecimento de energia da China já vem do continente africano.

Pelos cálculos de Pequim, para avançar a China precisa ter o abastecimento de suas necessidades equacionado. O país foi responsável por mais de 50% do aumento no consumo mundial de metais para a indústria entre 2002 e 2005. A produção de aço na China passou de 66 milhões de toneladas para 500 bilhões de toneladas entre 1990 e 2008.

O resultado da entrada desse novo ator foi a explosão nos preços de commodities, que tiveram alta de 159% em seus preços entre 2002 e 2008, segundo o Parlamento Europeu. Nos últimos cinco anos, a China iniciou um safari pela África em busca de acesso às matérias-primas e petróleo. Vários acordos foram fechados nos últimos anos, com exploração de cobre na Zâmbia, cobalto na República Democrática do Congo, ferro na África do Sul e Platinum em Zimbábue.

Em poucos anos, a China se estabeleceu como um dos principais atores na exploração de minérios e outros recursos na África. Na Zâmbia, onde o cobre representa mais da metade das exportações nacionais, Pequim se comprometeu a adquirir quase a totalidade da produção.

A China precisa do cobre para garantir a expansão de sua indústria, principalmente em cabos, no setor automotivo, circuitos integrados e construção. Em 2004, a China já era o segundo maior importador de cobre do planeta. Hoje, consome 25% de tudo o que é vendido.

No Sudão, Pequim já investiu US$ 4 bilhões para a produção de petróleo, desenvolvimento de portos e dutos, tudo com um financiamento estatal.

Em Angola, a China ofereceu um empréstimo de US$ 2 bilhões ao governo de Luanda. Em troca, recebeu a grande parte dos contratos de exploração de blocos de reservas. Cinco anos mais tarde, Angola garante o abastecimento de 500 mil barris de petróleo por dia para a China, um quinto de toda a produção brasileira.

Em apenas cinco anos, a Angola superou a Arábia Saudita e o Irã como maior fornecedor de energia para a economia chinesa, um papel central que jamais teve para a economia portuguesa. O Golfo da Guiné é o próximo passo do avanço chinês em busca de petróleo. A região teria reservas de 110 bilhões de barris e Pequim não economizará em conquistar a região.

Metade da madeira que se corta por ano no Gabão e 60% das toras na Guiné Equatorial vão para a China, ajudando Pequim a se transformar, em 2010, no maior produtor de móveis do planeta.

Não é por acaso, que, em um recente memorando do Departamento de Estado norte-americano, Washington descreveu a conquista chinesa na África como sendo um "tsunami".

É na própria África que o debate ganha um tom de maior polêmica. O ex-presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, admitiu que o continente deve pensar bem antes de fechar acordos com a China e evitar que se transforme em uma "economia colonial" de Pequim. Até 2020, a projeção é de que a China siga elevando a demanda mundial.

Postado por Genésia Tanaka Maduro

QUESTÃO
Quais são os interesses da China no continente africano até então esquecido? O que a África ganha com esta nova relação comercial com os chineses?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Neocolonização

Neocolonização




Com a expansão do capitalismo industrial, se inicia o neocolonialismo da África, onde todas as potências da época tinham o objetivo de colonizar o continente.
Na Conferência de Berlim em 1884, onde as potências européias interessadas negociam a divisão da África, como se fosse propriedades deles, anulando e negando qualquer opinião ou presença de membros reais da comunidade africana, mais uma vez fadados e serem subjugados e tratados como mercadoria pelos europeus.
Com exceção da Etiópia e a Libéria, no inicio da Primeira Guerra Mundial, mais de 90% do continente africano, já estava sobre o domínio europeu. A divisão reforça o colonialismo bárbaro, anulando costumes, sua tradição e sua cultura africana, contribuindo para guerras internas, até hoje, realidade em muitas regiões do continente explorado.

Muitos países participaram da neocolonização, foram eles: Portugal, Espanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Bélgica, Holanda e Alemanha.
Passaram se anos, onde os países europeus manipularam e se espalharam cada vez mais pelo continente que classificou a cultura, língua e história de cada país, além de guerras e conflitos internos causados pela colonização européia.






Postado por: Magali dos Santos Maronez

QUESTÃO
Anos seguidos de colonização europeia deixaram danos irreparáveis na África, onde os conflitos étnicos foram um dos principais. Por quê a neocolonização gerou tantos conflitos em diferentes pontos do continente africano?


Economia da África


Economia da África



A África é o continente mais pobre do mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial. O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos armados levam esta região a um verdadeiro caos. Além disso, quase 2/3 dos portadores do vírus HIV do planeta vivem neste continente. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações comerciais que acontecem no mundo.


Em sua maioria, os africanos são tradicionalmente agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a demanda externa de determinados produtos agrícolas e minerais. Para atendê-la, construíram-se sistemas de comunicação, introduziram-se cultivos e tecnologia europeus e desenvolveu-se um sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua coexistindo com a economia de subsistência.

Embora um quarto do território africano seja coberto por florestas, grande parte da madeira só tem valor como combustível. Gabão é o maior produtor de okoumé, um derivado da madeira usado na elaboração de compensado (madeira em chapa). Costa do Marfim, Libéria, Gana e Nigéria são os maiores exportadores de madeira de lei. A pesca marítima, que é muito difundida e voltada para o consumo local, adquire importância comercial no Marrocos, na Namíbia e na África do Sul. A mineração representa a maior receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. Além disso, Serra Leoa tem a maior reserva conhecida de titânio.

A nação mais industrializada do continente é a África do Sul, que alcançou relativa estabilidade política e desenvolvimento, possuindo sozinha 1/5 do PIB de toda a África. Porém, também já foram implantados notáveis centros industriais no Zimbábue, no Egito e na Argélia. O principal bloco econômico é o SADC, formado por 14 países, que se firma como o pólo mais promissor do continente.

Postado por: Magali dos Santos Maronez

QUESTÃO
Com grandes reservas de recursos naturais por que a África continua ocupando a periferia do mundo?

sábado, 9 de junho de 2012

Primavera Árabe


Um ano de Primavera Árabe,

a primavera inacabada

ESPECIAL: Onda de protestos se espalhou pelo Oriente Médio e norte da África,

derrubou quatro ditadores em um ano e matou milhares

Um ano de Primavera Árabe
Uma manifestante mostra a mão com os dizeres "nós venceremos" em árabe e as bandeiras da Líbia pré-Kadafi, da Síria, do Iêmen, da Tunísia e do Egito, durante um protesto em Sanaa, capital iemenita, contra o presidente Saleh, em outubro de 2011

Primavera Árabe

Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, desempregado, ateou fogo ao próprio corpo como manifestação contra as condições de vida no país. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, seria o pontapé inicial do que viria a ser chamado mais tarde de Primavera ÁrabeProtestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.
Inspirados no "sucesso" dos protestos na Tunísia, os egípcios foram às ruas. A saída do presidente Hosni Mubarak, que estava no poder havia 30 anos, demoraria um pouco mais. Enfraquecido, ele renunciou dezoito dias depois do início das manifestações populares, concentradas na praça Tahrir (ou praça da Libertação, em árabe), noCairo, a capital do Egito. Mais tarde, Mubarak seria internado e, mesmo em uma cama hospitalar, seria levado a julgamento.
Tunísia e o Egito foram às urnas já no primeiro ano da Primavera Árabe. Nos dois países, partidos islâmicos saíram na frente. A Tunísia elegeu, em eleições muito disputadas, o Ennahda. No Egito, a Irmandade Muçulmana despontou como favorito nas apurações iniciais do pleito parlamentar.
Líbia demorou bem mais até derrubar o coronel Muamar Kadafi, o ditador que estava havia mais tempo no poder na região: 42 anos, desde 1969. O país se envolveu em uma violenta guerra civil, com rebeldes avançando lentamente sobre as cidades ainda dominadas pelo regime de Kadafi. Trípoli, a capital, caiu em agosto. Dois meses depois, o caricato ditador seria capturado e morto em um buraco de esgoto em Sirte, sua cidade natal.
O último ditador a cair foi Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen. Meses depois de ficar gravemente ferido em um atentado contra a mesquita do palácio presidencial emSanaa, Saleh assinou um acordo para deixar o poder. O vice-presidente, Abd Rabbuh Mansur al-Radi, anunciou então um governo de reconciliação nacional. A saída negociada de Saleh foi também fruto de pressão popular.
Fonte: Estadão
Postado por: Eduardo Barbosa Camara Costa

Colaboração: Prof. Eduardo Barbosa Câmara Costa - Facebook ou msn: eduardo_geoman@hotmail.com - Grupo de Estudos: Delas & Deles

QUESTÃO
Saem militares e governos apoiados pelo capital internacional e governos ocidentais e entra um governo baseado nas leis religiosas do Islamismo. Na sua concepção haverá liberdade cidadã e a formação de um estado neutro ou apenas troca de ditadura?

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Top 10 filmes sobre a África

Top 10 filmes sobre a África
Os temas tratados por esses filmes são principalmente fome, pobreza, racismo, apartheid, tráfico de armas, tráfico de diamantes, desigualdades sociais, ditadura, genocídio, conflitos étnicos, violência e guerra civil. Esses filmes podem ser utilizados por educadores nas escolas para ilustrar os diversos temas que abordam.
Os filmes são:


1) Hotel Ruanda (2004)
Um gerente de Hotel de luxo em Ruanda, durante o conflito ente tutsis e hutus, consegue salvar milhares de vidas, permitindo que as pessoas fiquem no hotel. Baseado numa história verídica.




2) O Senhor das Armas (2005)
Traficante de armas, sem o menor escrúpulo, fornece armamentos para milícias africanas, contribuindo para guerras civis e violência.



3) O Jardineiro Fiel (2005)
Diplomata tem sua esposa assassinada e decide descobrir o verdadeiro motivo. Se envolve numa intriga com poderosas empresas farmacêuticas.



4) Diamante de Sangue (2006)
Homem tem seu filho seqüestrado pela milícia para ser treinado para matar e vai em busca dele. O filme mostra o tráfico de diamantes em Serra Leoa e as conseqüências dele.



5) África dos meus sonhos (2000)
Kuki Gallmann (Kim Basinger) uma bela e exploradora mulher, que teve a coragem de deixar sua confortável mas monótona casa na Itália para partir para as desventuras do continente africano, juntamente com seu marido Paolo (Vincent Pérez) e seu filho Emanuele (Eva Marie Saint). Embora inicialmente tenha medo do incrível poder da natureza e da sensação de liberdade que transmite o território queniano, Kuki logo descobre que viver na África rural não um conto de fadas. Elefantes selvagens e leões famintos rondam suas terras, tempestades destroem tudo a seu alcance e nativos são mortos por terem se arriscado demais junto aos animais.


6) Amor sem Fronteiras (2003)
Mulher da alta sociedade conhece um médico idealista e se apaixona por ele. O primeiro acampamento mostrado fica na África. O filme mostra os próprios africanos que roubam doações de alimentos e remédios dos civis para alimentar as milícias.




7) Um Herói do Nosso Tempo (2005)
Menino negro se passa por judeu para ser levado a Israel e ter condições de sobreviver. Na época, o país estava resgatando os judeus negros da em situação de miséria. Mesmo entre os judeus, existe o preconceito pelo fato dele ser negro.



8) O último Rei da Escócia (2006)
Jovem escocês recém formado em Medicina decide partir numa aventura e trabalhar em Uganda. Acaba conhecendo por acaso o ditador Ide Amim, que acaba simpatizando com ele. O jovem passa a freqüentar festas e a alta sociedade e não faz idéia do que é capaz o ditador.Baseado numa história real.


9) Um Grito de Liberdade (2007)
Filme sobre o apartheid na África do Sul, mostra a amizade entre um líder negro Stephen Biko e um jornalista branco. Baseado em uma história real.





10) Os Deuses Devem Estar Loucos (1980)
Uma garrafa de coca-cola atirada de um avião cai próxima a uma aldeia, que acredita ter sido um presente dos deuses, mas a garrafa acaba sendo causa de muitas confusões e um dos nativos é escalado para devolvê-la aos deuses. Engraçado e divertido.



Estes são alguns dos filmes que abordam as temáticas africanas, embora existam outros bons também.

Fonte: www.cinemanet.wordpress.com

Postado por: Magali dos Santos Maronez

QUESTÃO
Convença seu colega a assistir pelo menos um dos títulos listados que você já tenha apreciado. Você tem alguma outra sugestão de filme, documentário, livro, reportagem sobre a África que possa divulgá-lo neste blog? A sua contribuição é muito importante.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

População africana


População africana


A população da África é de mais de 800 milhões de habitantes, distribuídos em 55 países e representando cerca de um sétimo da população do mundo. Na parte norte do continente, inclusive no Saara, predominam os povos caucasóides, principalmente berberes e árabes. Constituem aproximadamente a quarta parte da população do continente. Ao sul do Saara, predominam os povos negróides, cerca de 70% da população africana. Na África meridional, existe uma concentração de povos khoisan, san (bosquímanos) e khoikhoi (hotentotes). Os pigmeus concentram-se na bacia do rio Congo e na Tanzânia. Agrupados principalmente na África meridional, vivem 5 milhões de brancos de origem européia.



 Na África, falam-se mais de mil línguas diferentes. Além do árabe, as mais faladas são o suaíle e o hauçá. As principais famílias ou grupos idiomáticos são o congo-cordofanês, o nilo-saariano, o camito-semítico ou afro-asiático e o das línguas khoisan.


O cristianismo, a religião mais difundida, e o islamismo são as principais religiões. Cerca do 15% dos povos africanos praticam religiões animistas ou locais. Grande parte da atividade cultural africana concentra-se na família e no grupo étnico. Com a intensificação do nacionalismo, a cultura tradicional africana teve recentemente um importante ressurgimento.

Postado por: Magali dos Santos Maronez

QUESTÃO
Discorra sobre a diversidade cultural do povo africano.

Descolonização


Descolonização
               África: Um continente de miscigenações, resultado do longo período de colonização
 
Após anos de repressão das potências européias, a África sofreu um processo de descolonização, iniciada depois da Segunda Guerra Mundial, onde lentamente as colônias foram se tornando independentes.

 
Depois da Conferência de Bandung, em 1958, a África tornou oficial seu processo de descolonização, mesmo tendo sido iniciado em 1950, além de exceções como o Egito, que se tornou livre em 1922, e a África do Sul, que ganhou sua autonomia em 1910.

Mesmo depois de tantas mortes e tragédias marcadas na história da África, o que deveria ser a solução, trouxe mais uma mancha rubra da guerra. Porém nem sempre foram conquistados seus ideais pela guerra de libertação.

 A descolonização rendeu anos de luta, para ser mais precisa, até 1990, tendo últimos países africanos a conquistarem a liberdade, Namíbia e a Eritréia. Ainda assim fragmentos europeus restantes nos países, mas onde existe um mundo, em que as essências de grandes potências se instalaram em cada canto, não existe um só pais que mantém inteiramente pura a sua cultura e tradições atuais, afetadas pela globalização.

O último processo de descolonização ocorreu com o fim da Guerra Fria. Com o enfraquecimento da antiga URSS e a consequente dissolução da grande potência soviética, a África foi completamente abandonada. O continente já não despertava mais interesse aos EUA, que deixou de fornecer alimentos, medicamentos e ajuda financeira em vários países, agravando a situação de miséria no continente e abrindo precedentes às guerras civis.


Postado por: Magali dos Santos Maronez

QUESTÃO
Com o fim da Guerra Fria a África sofreu total abandono por parte das superpotências. Quais foram as consequências mais dráticas?